campanha de doação de orgãos

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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Abaixo você confere depoimentos de pessoas que receberam órgãos, de familiares de doadores e de pacientes que aguardam pelo transplantes.

"Há oito anos e meio faço hemodiálise e estou na lista de espera pelo transplante há mais de seis. Já fui relacionado várias vezes para transplante. Perdi a conta, mas acho que foram mais de 15 vezes e ainda não encontrei doador compatível. Minha família é de Caiçara, no Norte do Estado, e eu tive que vir para Santa Maria em função da hemodiálise. Antes de começar a fazê-la, vinha para cá a cada 120 dias para os exames e consultas de controle. Esse período, do diagnóstico até o início da hemodiálise, foi de dois anos e meio.
Ainda falta esclarecimento sobre a doação, principalmente, em relação à morte cerebral. Há muita dúvida também quanto ao procedimento de retirada de órgãos. Eu mesmo já fui questionado sobre isso, há pessoas que não sabem que o coração ainda deve estar em atividade e que pensam que os médicos aplicam injeções letais para fazer com que o coração pare. Alguns têm um pensamento totalmente diferente do que realmente acontece. Para haver maior quantidade de doações, tem que haver um esclarecimento completo sobre todo o procedimento. Falta conhecimento por parte das pessoas.
Outra coisa que atrapalha é que a maioria das pessoas não tem conhecimento das limitações pelas quais nós, que esperamos por um transplante, passamos. Como por exemplo, as viagens. No meu caso, os meus familiares moram a uma distância muito grande de Santa Maria, aproximadamente 300 quilômetros, e eu não tenho como visitá-los. Minha mãe é viva e eu não posso vê-la. Não é possível eu fazer uma viagem dessas, pois preciso de três sessões semanais de hemodiálise.
O fato de ter que fazer hemodiálise durante quatro horas, três vezes por semana, limita o horário para trabalhar e reduz drasticamente a chance de conseguir um vínculo empregatício. Eu tenho condições físicas para trabalhar, mas tive que desistir. Recebo uma aposentadoria por invalidez, o que reduz bastante os meus ganhos.
Essas são coisas que as pessoas têm que conhecer. Elas não pensam sobre esse assunto se não têm alguém na família ou um amigo que espera por um transplante.
Apesar da dor da perda, a doação é uma forma que a família tem de possibilitar que alguns órgãos dessa pessoa continuem vivos. Nós que dependemos de um óbito, de uma morte cerebral, não queremos que as pessoas morram, mas sabemos que se isso ocorre, os familiares têm mais é que permitir a doação. Até porque, o paciente que sofreu um acidente pode voltar a ter uma vida normal e o transplantado sempre vai depender de tratamento médico.
Dificilmente, quando se conscientiza a família de que se quer ser doador ela irá se recusar a fazer a doação. Até mesmo em respeito à vontade da pessoa. Mesmo que não seja um assunto sobre o qual as pessoas falam, cada um de nós deve falar para a família sobre sua vontade. Não adiante existir lei, se é a vontade da família que tem de ser respeitada. Por isso, deve haver conscientização.
Não se pode concordar com o que não se conhece, o esclarecimento é a base de tudo."

3 comentários:

  1. Olá,
    A doação de órgãos é um ato de solidariedade que salva vidas. - Para ser doador de órgãos é fundamental avisar a família. Só os familiares podem autorizar a doação após a morte. Não é preciso deixar nada assinado.
    Saiba mais sobre o tema aqui: http://bit.ly/cHLx34 .

    Para mais informações:
    fernanda.scavacini@saude.gov.br
    Ministério da Saúde

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  2. fazer hemodiálise, dizem que é muito ruim então se doarmos órgãos pode mudar a vida de uma dessas pessoa.

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  3. muito interesante e legal bom trabalho

    parabéns

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